Música,
monstros alinhados no banco branco junto da parede
submersa pelo cais das interrogações.
Cravos,
luzes da ribalta espelhando na carpete vermelha
onde se repetem os termos da aparência.
Anémonas,
um circo de trevas amarguradas na amargura da monotonia
borbulhando em quimeras de areia pálida.
Fechaduras,
bagos de arroz alongados e translúcidos
fecundados pela fome.
Estações,
partidas e chegadas no subsolo crítico da solidão
em quatro prantos de sol e neve.
Personagens,
entoações diversas numa espiral de monólogos descoloridos
feitos à medida da minha imensurável nostalgia.
Viagens,
beijos aos solavancos numa enseada de estrelas
como dedos salivando notas numa guitarra.
rainbowsky