Não fui eu que fiz a guerra prussiana
Nem furtei da coroa antiga ouro a parte
Não fiz revolução aqui nem na França
Não incendiei o Ateneu, nem outra escola
Não fui eu! Juro! Foi o Marcelo Nova
Quem matou Joana D´arck!
Confesso que sim... Li A Metamorfose
E me perdi nos sofrimentos de Gregor;
Fui sim, um louco, como Dom Quixote
E visitei Cérbero no dantesco inferno...
Lágrimas de quantidades inesgotáveis,
De mim, como rios cristalinos, saíram,
Naquelas noites em que me embebiam
A humanidade contida nos Miseráveis!
Dos Lusíadas bebi as letras camonianas;
Fui testemunha em Crime e Castigo;
(Quantas vezes reli a obra Machadiana)
Por isso sou assim, meu mui e querido...
Amigo!
Gyl Ferrys
Para uma melhor compreensão do texto:
Guerra Prussiana:
A Guerra franco-prussiana ou Guerra franco-germânica (19 de julho de 1870 - 10 de maio de 1871) foi um conflito ocorrido entre França e o Reino da Prússia no final do século XIX. Durante o conflito, a Prússia recebeu apoio da Confederação da Alemanha do Norte, da qual fazia parte, e dos estados do Baden, Württemberg e Baviera. A vitória incontestável dos alemães marcou o último capítulo da unificação alemã sob o comando de Guilherme I da Prússia. Também marcou a queda de Napoleão III e do sistema monárquico na França, com o fim do Segundo Império e sua substituição pela Terceira República Francesa. Também como resultado da guerra ocorreu a anexação da maior parte do território da Alsácia-Lorena pela Prússia, território que ficou em união com o Império Alemão até o fim da Primeira Guerra Mundial.
A Coroa de ouro e Arquimedes:
Arquimedes e a hidrostática Arquimedes é sem dúvida o maior físico da Antiguidade. A ele se devem muitos estudos importantes, dos quais se destacam a lei da Hidrostática.Existe uma lenda que conta que o rei de Siracusa desafiou Arquimedes a encontrar uma maneira de verificar, sem a estragar, se a coroa que o mesmo havia encomendado era de ouro maciço ou não. Arquimedes tomando banho reparou que a quantidade de água deslocada quando ele entrou na banheira era igual ao volume de seu corpo. Ao descobrir esta relação, vai ao palácio e mede a quantidade de água que transborda de uma bacia cheia de água quando nele mergulha o volume de um peso de ouro igual ao da coroa, de um peso de prata igual ao da coroa e por fim o da própria coroa. Como o volume de água da coroa foi intermédio ao dos dois pesos, ele calculou a proporção de prata que foi misturada com o ouro. Após essas experiências, Arquimedes formulou o seguinte princípio: todo corpo mergulhado em um fluido recebe pressão do fluido por todos os lados, e a resultante dessas pressões é um impulso de baixo para cima, igual ao peso do volume do fluido deslocado. Concluiu por isso que os corpos mais densos do que o fluido afundam e os menos densos flutuam.
Revolução Francesa:
Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e os privilégios do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.
O Ateneu:
O Ateneu é um romance do escritor brasileiro Raul Pompeia, considerado como o único exemplar de romance impressionista na literatura brasileira[carece de fontes?].
Publicado pela primeira vez em 1888, o livro conta a história de Sérgio, um menino que é enviado para um colégio interno renomado na cidade do Rio de Janeiro, denominado Ateneu. Comandado pelo diretor Aristarco, o colégio mantém regras rígidas e princípios da aristocracia da época. A obra critica a sociedade brasileira do final do século XIX, tomando como metáfora o Ateneu, seu reflexo, um lugar onde vence sempre o mais forte.
Marcelo Nova:
Marcelo Drummond Nova (Salvador, 16 de agosto de 1951) é cantor e compositor brasileiro. Foi vocalista da banda baiana Camisa de Vênus, no início dos anos 1980, onde permaneceu até 1987. Em 1988 iniciou então sua carreira solo, gravando, no ano seguinte, um LP intitulado A Panela do Diabo, ao lado de Raul Seixas, que viria a falecer em 1989, com quem realiza uma turnê de cinquenta apresentações pelo Brasil. Em 1995, volta para a Camisa de Vênus, permanecendo até 1997 e retornando à carreira solo, no ano seguinte. Um grande dos grandes sucessos da banda Camisa de Vênus foi a música " Eu não matei Joana D´Arc.
Em 2007, Marcelo Nova se reúne novamente com a banda Camisa de Vênus para algumas apresentações ao redor do Brasil.
Joana D´Arc:
Santa Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro 1412 — Ruão, 30 de maio 1431), por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses.
Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.
A Metamorfose:
"Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado viu que se transformara, durante o sono, numa espécie monstruosa de insecto."
É deste modo que Kafka inicia a história de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante "obrigado" que deixou de ter vida própria para suportar financeiramente todas as despesas de casa.
Numa manhã, ao acordar para o trabalho, Gregor vê que se transformou num inseto horrível com um "dorso duro e inúmeras patas". A princípio, as suas preocupações passam por pensamentos práticos relacionados com a sua metamorfose.
Depois, as preocupações passam para um estado mais psicológico e até mesmo sentimental. Gregor sente-se magoado pela repulsa dos pais perante a sua metamorfose. Apenas a irmã se digna a levar-lhe a alimentação, mas mesmo assim a repulsa e o medo também começam a se manifestar. A metamorfose de Gregor vai além da modificação física. É sobretudo uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões.
Gregor passa a analisar as coisas que o rodeiam com muito mais atenção. Outra metamorfose ocorre no seio familiar: o pai volta a trabalhar, a irmã (Grete) também arranja um emprego e passam a alugar quartos na própria casa onde habitam. As atitudes dos pais perante o filho retratam ao leitor a idéia que este era apenas o "sustento" da casa. A metamorfose de Kafka não conta apenas a história de um homem que se transformou num inseto. É sobretudo uma história de alerta à sociedade e aos comportamentos humanos. Nesta história, Kafka presenteia-nos com a sua escrita sui generis, retratando o desespero do homem perante o absurdo do mundo.
Interessante perceber que em nenhum momento da obra Gregor se dá conta realmente que se transformou num inseto. Apenas observa seus novos membros, órgãos e hábitos, mas com o tempo se acomoda na nova condição sem realmente entender no que se tornara.
Dom Quixote:
Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Qvixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615.
O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis de fancaria. A história é apresentada sob a forma de novela realista.
É considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas européias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios de maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A votação foi organizada pelo Clubes do Livro Noruegueses e participaram escritores de reconhecimento internacional.
Cérbero:
Na mitologia grega, Cérbero ou Cerberus (em grego, Κέρβερος – Kerberos = "demónio do poço") era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.
Inferno de Dante:
O Inferno é a primeira parte da "Divina Comédia" de Dante Alighieri, sendo as outras duas o Purgatório e o Paraíso. Está dividido em trinta e quatro Cantos (uma divisão de longas poesias), possuindo um canto a mais que as outras duas partes, que serve de introdução ao poema. A viagem de Dante é uma alegoria através do que é essencialmente o conceito medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio. No poema, o inferno é descrito com 9 Círculos de sofrimento localizados dentro da Terra. Foi escrito no início do século XIV. Os mais variados pintores de todos os tempos criaram ilustrações sobre esta obra, se destacando Botticelli, Gustave Doré e Dalí.
Os Miseráveis:
Les Misérables (Os Miseráveis) é uma das principais obras escritas pelo escritor francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 simultaneamente em Leipzig, Bruxelas, Budapeste, Milão, Roterdã, Varsóvia, Rio de Janeiro e Paris (nesta última cidade foram vendidos 7 mil exemplares em 24 horas). Victor Hugo é também autor de Os Trabalhadores do mar e O Corcunda de Notre-Dame, entre outras obras.
Os Lusíadas:
Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
A obra é composta de dez cantos, 1102 estrofes que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC – oitava rima camoniana. A acção central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal, glorificando o povo português.
Crime e Castigo:
Crime e Castigo (em russo, Преступле́ние и наказа́ние, Prestuplênie i nakazánie) é um romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski publicado em 1866. Narra a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito.
O livro/romance se baseia numa visão sobre religião e existencialismo com um foco predominante no tema de atingir salvação por sofrimento, sem deixar de comentar algumas questões do socialismo e niilismo.
Os flagrantes traços autobiográficos, como a adoração pela mãe, o vício do jogo (O Jogador) e a fidelidade psicológica, bem como os traços estilísticos do autor, colocaram esta obra, entre as maiores da história da literatura universal e, certamente, junto com Os Irmãos Karamazov, garantiram a Fiódor Dostoiévski a posição de maior escritor russo da história em conjunto com Lev Tolstoy.
Obra Machadiana:
Joaquim Maria Machado de Assis (21 de junho de 1839 — 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional.[4][5][6][7][8] Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário.[9][10] Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.[11]
Fonte Wikipédia.