O mar bramindo,
o corpo sentindo,
a flor da roseira,
cravado numa eira
Rio que lavais a terra,
que todos enterra
Lavais o corpo e alma
o espírito e a palma
Vale das maravilhas,
território de milhas
encontrais o corpo numa rosa,
uma roseira enganosa
Oh rio que desaguais,
no mar da esperança
onde vós o encontrais
e esperais pela dança
Entre barcos, e naus
pedras e calhaus
água santa e pura
que esperais pela brancura
A música da tua água,
é simples e composta
e nos nosso corações desagua
e ficará para sempre exposta