Olho para o céu, contemplo as nuvens e pergunto-me para onde vão, não têm morada, nem destino, quando os ventos mudam mesmo que siga para sul, mudam de direcção para norte. A nuvem, nunca discute com o vento, estava a ir para sul, agora vai para norte, limita-se a seguir com a mesma ausência de esforço com que seguia para sul. Para a nuvem, não faz diferença nenhuma ir para sul, norte, este ou oeste. Importante é deixar-se levar pelo vento, sem desejos, sem objectivos, sem destino, aproveitando e limitando-se apenas a apreciar a viagem. Esvaziarmos-nos transforma-nos numa nuvem de consciência. A partir de então deixa de existir um objectivo e a espera aperfeiçoa-nos rumo à perfeição, porque enquanto esperamos meditamos!
Alice,que bom seria se conseguíssemos ser assim,pois a vida se tornaria mesmo tão suave...ainda bem que temos Deus e sua palavra para nos guiar né? Parabéns por este lindo poema!