Poemas -> Reflexão : 

AOS NOVOS POETAS

 
Embora eu faça do pensamento
julgamento,
a que dou vazão, nas minhas poesias,
não faço dele meu senhor,
porque há muito mais alvor,
dentro de mim, dentro dos meus dias.

E embora eu não me reveja na emoção,
sem que lhe assista Razão,
porque é dúbia e inconstante,
humildemente dou por mim a olhar o mar,
e à passagem de pessoas cumprimentar,
porque também sou essa coisa constante.

Digamos que tenho tantos sentimentos,
que é fácil fazer falsos juramentos,
e me julgarem um sentimental,
nada de mais falso, aqui se pronuncia,
o que eu sei é diferenciar a noite do dia,
com o nome próprio, que lhe é peculiar.

Meu pobre coração, onde ficas tu?
A que lugar algum?
Também eu já estive apaixonado,
e de tão tonto, balbuciava disparates,
que eu julguei, do amor, ser apartes,
que eu dizia, quando estava enamorado.

Escrever um poema, para os novatos,
convém que sejam cordatos,
e que sigam o almejo do desejado coração,
pois é ele, primeiramente, que tem a essência
dos sentimentos, sua benevolência,
e não precisa para nada, da mesclada emoção.

Não temam escrever, fazer sair a poesia,
vossa eterna alegria
e companheira das horas mais silenciosas,
porque é no erro que se chega à perfeição,
e vos aquecerá, no inverno, o coração,
pois um dia vossas obras serão grandiosas.

O resto é nada. Intento sem propósito.

Jorge Humberto
05/02/11


 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
876
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.