Violeta Mill
(...) O Astro intenso, Sol [hoje] nos invade nas janelas. Batendo asas no ar que aperto, no silêncio aplainado do Deus, cor, paixão, na minha mão cega, Libélula.
Veemente debruçada, a ilusão neste quartzo, a energia num tudo, absorvida nas ondas vermelhas, que cantam a minha alegria. Espantado. Espalhada.
Escrevo a solidão de um obsessivo Alentejo brutalmente delicado e apaixonante, onde o Astro Sol caça deitado a matéria bruta da Mãe natureza. Terra vida. Do silêncio alimenta-se.[Alimenta-me]
Do incêndio, nas noites que corta, às portas nebulosas da Alentejana lavrando poemas. A Poetisa que te escreve, numa veia adentro, uma nua Àrvore. Sombreira e plana, tão baixa como tu, que se afunda entre o sal agudo do ar imenso da planicie...
É aí que te [me] penso, com o meu olhar de Deusa, é aqui [ali] que pertenço, com peso do desordenado do meu hemisférico coração.Que despedaço nas frases. Nos lábios meus, anónimos que amam esta terra, voraz em jubilação.
Alentejo, u Mundo, no perfume que sorvo ao sangue. Transfusão das nuas miragens, límpido como um violino em que alguém desatou o som, a paixão, o fôlego, o vento. O fogo que tudo ilumina e trona translúcido. Que arranca aos sobreiro, límbos. Às porcelanans Oliveiras. Às Mãos Deusas que trabalham e choram o marmore. Esculpindo riquezas de uma memória silvestre. Paralela. Deusa. Deus. E Astro!...
Resplandecida, por tudo o que foi trazido em súbito pela alma, acordo para u abismo, entrando na razão initerrupta, nas imegens que se desnudam, no segredo externo das minhas palavras (...)