Então quem sabe
Aquilo que penso quando não quero?
Aquilo que tenho no coração posto?
Todas as promessas que me têm feito.
Quebram-nas, no meu imenso desgosto.
Promessas de amor, finais de ódio,
Promessas de paz, finais de guerra
Promessas de luz, finais de escuridão
Lembro-me de todas elas, envolto em mágoa
E sem nunca conhecer o perdão.
Nada me faz querer continuar
Tudo parece inanimado
Tento encontrar razões
Sinto-me fraco, velho, estragado.
Promessas, anciãs inimigas
A razão que me leva a subir
Também me irá levar a descer
Hipocrisia no leito da morte
Bela maneira de morrer.
Deixo este mundo sem amizade ter conhecido,
Deixo-o sem ter tido felicidade.
Amordaçado pelas diversas mentiras,
Vou ser liberto pela derradeira verdade.
Já lá em cima, tudo olhei.
Nada, nada parecia mexer
Mas sabendo já o que me esperava
Fechei os olhos,
Saltei.
Primeiro poema publicado.