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DIA DE FEIRA

 


Ao longe vê-se as casas,
e os montes detrás delas,
parecem ganhar asas,
no rio que mora nelas.

Paredes de carmesim,
vasos nas janelas,
a aldeia é outrossim,
lindas bambinelas.

Bela ponte a atravessa,
do nado ao sol-pôr,
e tudo anda depressa,
para visitar seu amor.

E quando a noite cair,
as casinhas salientes,
o povo há-de vir
em rodas de gentes.

E na aldeia costumeira,
todos falam contentes,
pois é vésperas de feira,
repartindo sementes.

E eis a hora de dormir,
o sono não se atreve,
com o sentido de ir,
ao que está para breve.

Jorge Humberto
04/02/11








 
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jorgehumberto
 
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