Num sopro majestoso,
a corrente ambiciosa
de rumo impiedoso
lá fluiu receosa.
Ao primeiro empecilho
que se viu enfrentar,
tendo em conta o sarilho
em que acabara de entrar,
negou ao sentimento
a liberdade do seu esplendor,
concluindo que o vento
havia sido seu criador.
Vítima do desalento.
Para sempre: a corrente do amor.
Rui Gomes