Na tinta que mancha o papel,
Encontro partes do que fui,
Borrando minha alma,
Apagando assim a velha história.
Que encantadora história seria,
Se ouvida por um ouvinte desatendo,
Como pensamentos corroídos pelo tempo,
Forrando o interior da cabeça com vento.
Caindo pelo lado escuro de minha alma,
Encontro um anjo negro que lá habita,
A dizer com toda calma,
Que com essa história se divirta.
Com a velha história de minha vida,
A tão pouco escrita,
Não há mais quem se divirta,
Ao viajar por minha alma.
Em meu ser plantei flores,
Criei um belo jardim,
Tendo enfeitado com todas as cores,
E flores como jasmim.
Que o lado escuro agora queime,
Se tornando logo claro,
Onde habite a felicidade,
Acabando com meu calvário.
Agora vivo para ser feliz,
E não mais para sofrer,
E se algum dia eu sentir dor,
Que seja ao menos por amor e isso signifique viver.
Tatiane Nunes Freire