Cravo a noite esquiva
na esponja liquefeita da artéria.
Pulverizo a respiração
com o oxigénio carbónico da tua ausência.
Deambulo na derivação do diafragma
quando me entorpeces a mente com silêncio.
Escondo as mãos geladas no casaco
para não ceder à tentação de estrangular o sonho.
Adormeço devagar
sobre as folhas quebradas nos tímpanos.
Converto-me em vazio
para sobreviver à multidão que me abraça.
Tu, lanças-me.
rainbowsky