Poemas : 

Tu, lanças-me

 

Cravo a noite esquiva
na esponja liquefeita da artéria.

Pulverizo a respiração
com o oxigénio carbónico da tua ausência.

Deambulo na derivação do diafragma
quando me entorpeces a mente com silêncio.

Escondo as mãos geladas no casaco
para não ceder à tentação de estrangular o sonho.

Adormeço devagar
sobre as folhas quebradas nos tímpanos.

Converto-me em vazio
para sobreviver à multidão que me abraça.


Tu, lanças-me.



rainbowsky

 
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rainbowsky
 
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