Amargura
Quando você disse eu te amo,
Eu tinha empilhado os sonhos
e deslizavam os enganos
na minhas mãos suadas.
As esperanças já estavam longe
no mesmo horizonte
tantas vezes antes apagado
a crença desse amor adormecido
já era quase santo,
Esculpido em um mármore frio
A resposta nula, consciente
desse desencanto
ficou no meio das minhas bagagens
abraçadas ao assustador silêncio
que enterrava os anos
A minha dor não mais me cabia
e como arma fria uma frase apenas
cuspindo o sabor dessa amargura
Preecheu o ar,e todas as lacunas
_Eu sentirei, saudade sua!
Cristhina Rangel.
Cristhina Rangel