Dia desses farei um poema pra tua boca
Não aguento mais vê-la sem poder dizer nada
Além de não poder lambê-la,
Sentir a moleza grossa dos lábios,
Ainda ter que me calar
Receber um pacote qualquer de tuas mãos
Ir embora vendo-te se esvair aos poucos da lembrança
Dia desses farei um poema pra tua boca
Eternizá-la em versos (ninguém nunca fez isso)
Será um poema desenhadíssimo, convidativo
Como se estivesse a todo tempo esperando um beijo
Um poema tal qual tua boca
Que em silêncio me diz demais
Raule de Sousa
Iguatu/Ceará/Brasil
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