Aqui e ali, surgem ervas na planície,
Em cada ano morrem e renascem.
Fogos selvagens queimam-nas, não as matam,
Com o vento primaveril, ei-las outra vez!
A fragrância, longínqua, perfuma a via antiga:
Um feixe de esmeraldas nas velhas ruínas.
É tempo, outra vez, de dizermos adeus,
E do senhor que parte se despedem elas.
Bai Juyi, tido como o mais popular poeta chinês, tanto na China como a Ocidente (traduções de Arthur Waley).
Foi prolífico e, capaz de ir da sátira (da aguda crítica social) ao lirismo, deu-nos uma poesia em que o humanitarismo se alia à simplicidade, fazendo dele um dos grandes poetas chineses. Conta-se que lia os poemas a uma sua criada, destruindo os que ela não entendia.