E de repente sinto-me morto
Sinto uma calma espiritual
Considerada mais morte psicológica
Sinto a tristeza de quem fere
Com a dor de quem sente
Compreendo a compatibilidade com a Morte
E enamoro-me por ela.
Mas eu não quero que ela venha, agora!
Não quero viver, nem morrer!
Mas... padeço
Porque será que sinto este vazio?
Este buraco negro dentro de mim?
Que me suga a alegria que captei da tristeza?
Fingindo endoidecer o meu reflexo...
Nunca!
Olho sobre o gótico da minha alma
E tento calar a irracionalidade
Que o passado ainda conserva para o futuro
Tento gritar a minha vida como um cristal!
Mas parte-se a voz...
Ai, quem me dera fugir!
Para o meu berço alado celestial
Onde todos se amem
E onde a ninguém se faça mal
Afinal, Amo-te
Porque já morri...
Pedro Carregal