O tempo reforma a fala
entorta a alma no vazio
da sala.
No ar,
velhas notícias.
Estalam novas palavras
na força dos ventos.
o trem não passará.
Há lama nos trilhos;
os pés se queimam na rua,
movimentam as mãos paradas
nas sombras das árvores.
O tempo é nave incendiada.
É ave que passa,deixa rastros,
e continua a voar.
Poemas em ondas deslizam nas águas.