Os olhos revolvem o horizonte
Atolados nas demandas loucas,
Num só raio de Sol que desponte
Nossos desejos, vontades poucas.
Quebram-se agora os silêncios,
A noite acorda chorosa e órfã
Coberta de cheiros, incensos
Morta pela esperança, vilã.
O poeta calou-se e agora esquece,
O alimento que dele fez gente
É um sonho que por si padece,
Será mais homem que semente.
O poeta vive... e agora grita
Grita tão alto que ensurdece
Cada palavra de sua escrita
Cada chama que em poema aquece.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma