Era após era, heras crescem,
de forma consensual, na casa
da praia, junto ao mar, verde
coralino…
Há grandes línguas de areia,
formando ilhotas, que é de
facto onde se encontra o mar
de coral, ainda invicto…
Tudo é verde, até o belo céu,
que tem flamingos, cor de fogo,
voando em grandes concertos,
buscando rasos lagos…
Nessa casa habita um casal de
velhos pescadores, que agora
trabalha com artesanato, para
vender para fora: outras ilhas…
Mais próximas da civilização e
que eles transportam, em
barcos feitos de bambu, pois
tudo ali é artesanal e sério…
Em troca de sua Arte recebem
bens alimentícios, que guardam
em casas próprias, para a
ocasião, e, assim, nada lhes falta…
Na ilha maior, onde está a casa,
para além das heras, também
há palmeiras e flores indígenas,
aonde crescem e se reproduzem…
Animais temos os marinhos, as
aves migratórias, algumas araras,
tartarugas sem idade e macacos,
subindo e descendo, palmeiras…
Ah, nunca me havia dado conta, do
quanto estava perto, do paraíso,
nestas linhas com que alinhavo,
esta minha simples prosa poética.
Jorge Humberto
29/01/11