Os ventos riem e gargalham, da dor que em meu peito arde,
Pois o descaso sobre a dor não é novidade...
Gritar pode até trazer alívio momentâneo,
Mas a paz roubada na infância não vem voltando...
Sujos, imundos, seres doentes...
O que preciso realmente sentir a seu respeito...
Amor, ódio, perdão... Diz algo para meu coração carente...
Que arde, que chora e tenta acertar meio sem jeito!
Suas mãos imundas que sem dó pode violar o inocente...
Sua boca repugnante, que sopra palavras vis...
Por que escolhes quem não pode escolher, demente!
Por que roubas, o que jamais poderá devolver, infeliz...
Ainda tento cantar cantigas da infância,
Prá ver se volta prá meus braços alguma esperança...
Tento recordar um sonho bom, e a vontade de brincar...
Mas me confundo com a realidade que me faz encarar...
Resta chorar, pois os olhos compartilham da tristeza...
De um coração que sem clemência foi roubado,
Violado, dilacerado inconformado...
Destruído pela eterna incerteza...
O que adianta gritar, se não tem ouvidos para ouvir...
Se a voz não sai, e a garganta se faz muda...
E nem ódio me permitem sentir,
São traços que fazem a vida absurda!!!
Como o Amor e o Ódio, que ardem no peito quando os sentimos, assim é a Esperança, quando por um fio o Infinito parece ter Fim, e o que esperamos parece nunca alcançarmos...
~^~ _Flor ~^~