Reflexo numa gota cristalizada,
aguardo puder me reconhecer.
Imagem digital congelada.
Quem és tu? Exijo saber!
Contornos de um rosto pálido,
formas sempre desfocadas,
resto de um corpo esquálido,
gestos de mãos conformadas.
Boca que teima em se abrir
congelada num tempo sem cor.
Dente que salta em sorrir,
olheiras cerradas sem dor.
Ravinas no Desconhecido
teimam em se pertetuar.
És igual ao meu sentido,
mas eu,
eu estou sempre a mirrar...
NR