Sombria alta vai esta casa vazia
Esperando o sol nascer
No retorno da esperança em alegria
Dormindo com a lua para um novo renascer
Fumo amargo
Que me queima o ar
Dor que retardo
Por ter medo de aceitar
Precipício de verdade
Que nunca te retarde
Mulher selvagem
Sem dono nem bagagem
Sussurro do vazio
Que me atormente a cada vida
Corpo sombrio
Que me deixa a lágrima na alma caída
Nesse brilho
Nesse olhar
Nesse pequeno abraçar
Nesse simples sem ti
Talvez nem seja um recordar
Sem ti não há um lugar
Sem ti não a ondas no mar
Sem ti o luar é apenas o reluzir de uma estrela por iluminar
Sem ti o esplendor e apenas uma luz de dor
No tempo que passa por passar
Talvez te venha a encontrar
Talvez te venha a conhecer
Nesse doce e eterno silencio
Ao qual no agora não pertenço
Talvez seja só mais um dia
Uma noite fria
Uma luta que não termina
Talvez seja mais um copo vazio
Um luar sem lua
Talvez seja o mar que não firma
Ou talvez seja sem ti
Que minha alma se sinta sem mim
No encontro em que não me encontro
Sempre que quis e não te pode encontrar
Para em ti me firmar
E de abraços abertos ao céu
Proclamar
Que te espero aqui
Em qualquer lugar
Para te poder voltar amar
ou talvez?
Talvez seja só mais um dia
Uma noite fria
Uma luta que não termina
Talvez seja mais um copo vazio
Um luar sem lua
Talvez seja o mar que não firma
ou Talvez?
Ou talvez seja sem ti
Que minha alma se sinta sem mim
No encontro em que não me encontro
Sempre que quis e não te pode encontrar