Eu, não sou eu,
sou o outro,
nado morto,
para as leis,
sem leis,
nem Razão,
desta
civilização.
Vago mudo,
no deserto,
tão perto
e tão longe,
de cosa alguma,
oiço o grito,
que não contém
atrito.
Doenças,
vidas,
sofismas,
perturbações
na mente
e no corpo,
o aleijadinho,
anda torto.
Não me pena,
é mais audaz
e capaz,
do que eu,
que lastimo,
este olhar,
que em mentira,
sói sonhar.
Ah, e a gente!
atrás deixou,
o que lá ficou,
e num golpe
de asa,
é sonho,
que ponho
há Sorte.
Jorge Humberto
25/01/11