Tenho uma flor no coração,
toda ela é feita de emoção,
para os namorados ofertar,
quando decidirem passear.
Mais ainda anchos sorrisos,
pra os que são tão precisos,
por ser a sua timidez maior,
e os faz sentirem-se menor.
Não incito o beijo de beijar,
que isso é coisa aqui a achar,
quando de mãos dadas, a rir,
cruzam olhares de querer ir.
Ir lábios nos lábios a florear
um novo jardim, um pomar,
até à consumação (a final),
comigo noutra longitudinal.
Parecem crianças a brincar,
bola de cá para lá a saltitar,
e, eu, que sou velho, tenho
rugas mas sei ao que venho.
Também eu roubei um beijo
à mi Musa e não me queixo,
o tanto que ela me ofereceu:
o que era dela a mim mo deu.
Tenho sementes aos molhos,
raízes na terra sem escolhos,
para ensinar, os mais moços,
que no fundo estão os poços.
E, a humildade, é importante,
como o respeito é significante
para que dois jovens, juntem
os trapinhos e em duo lutem.
Esta flor vos dou pois é de paz…
ao poeta não há perdão capaz,
de recuperar a sua amadíssima,
que sua Virgem, seja altíssima.
Jorge Humberto
25/01/11