Passou tantas águas, um rio de emoções. Lágrimas rolaram pela face de alegria Transbordaram esperanças e doces canções Sobejaram sorrisos e as loucas fantasias
O tempo não perdoa, perde-se a euforia. Brumas cercam os olhos, adeus às paixões. Em ataúde as rosas pálidas sem harmonia Colhidas sem cuidado não exalam sensações.
Corpo inerte, boneca de porcelana, não reclama Não ri nem chora, jaz somente na tua cama. Morte em vida aquela que foi tão querida
Sem respeito ao grande amor de tua vida Buscas em outros braços o que tinhas Tenha piedade, dá-lhe ao menos a alforria!
Crava-lhe o punhal da verdade, Mate-a, porém tenha dignidade, Dá-lhe a possibilidade De longe de ti ver renascer Aqueles anos dourados!
"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)
baseado ou quase em Tom Jobim, que completaria 84 anos.
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994), mais conhecido como Tom Jobim, foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro.
É considerado um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores do movimento da bossa nova. É praticamente uma unanimidade entre críticos e público em termos de qualidade e sofisticação musical.