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Caía…de um precipício…a uma velocidade devastadora,
Alguém cortara minhas asas…alguém roubara meu sonhos!
Enquanto caía minha alma sombria, era desoladora…
Na mente a memória, dos poucos momentos risonhos…
O silêncio, era assustador e ensurdecedor…
Nunca me sentira tão só e abandonada.
Á medida que descia ficava para traz a dor,
O fardo e sofrimento da pesada cruz que carregava…
Inacreditavelmente senti-me livre…a dor cessara,
Senti nostalgia de tudo o que não cheguei a viver…
<br />Era a libertação de tudo aquilo pelo qual passara,
Dos fantasmas do passado…do meu constante sofrer!
De repente sorri…uma lágrima deixei cair,
Sorri pelo que deixava para traz…tormento,
Chorei pelo qual não queria partir…
Meu amor, minha filha e senti desalento…
Estendi uma mão…queria voltar…
Mas uma vez mais estava só, era solidão,
E não tinha ninguém para me agarrar…
Lutei…retorci-me e contorci-me de aflição…
O inevitável aconteceu…o impacto foi mortal…
Que poderia eu fazer perante tal queda fatal?
Não era o que eu desejava? Que a minha vida findasse?
E agora que aconteceu…apenas queria que o tempo recuasse…
Que pensar…que fazer? Quando em pouco ou nada se acredita?
Inspirei fundo…arregalei os olhos e num sobressalto,
Abri os braços e sentei-me, acordando aflita…
E deparando-me com a realidade…chorei,
Chorei desenfreadamente como uma perdida…
Lutarei pela minha felicidade…jamais desistirei,
Pois não há dádiva maior que a própria vida!
( Vania B.)
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