Poemas : 

Inércia

 



Um pingo d’água insistente
Gotejando, gotejando, sem fim
Não sei de onde ele vinha
Só olhava a minúscula poça
Que, do pingo, advinha
Num tempo que não sei mensurar
Dormente, ali, a olhar
A poça que, do pingo, advinha
O pingo a pingar, tangia
Invadia minha mente, ecoava
Percorria os dois labirintos
Num tempo que não sei mensurar
Fiquei, ali, a ouvir e a olhar
Um pingo d’água insistente
Gotejando sem princípio, sem fim
Quando, enfim, dei por mim virei limo
Num tempo que não sei mensurar
Afogada, na minúscula poça
Poça que advinha do pingo
Despertei, viva-morta, era tarde
Amorfa, imersa no limbo







 
Autor
KássiaReis
 
Texto
Data
Leituras
713
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/01/2011 23:59  Atualizado: 22/01/2011 23:59
 Re: Inércia
Muito criativo! Beijos!