O amor tem um jeito...
Um jogo, um gesto, um gosto...
Que saculeja, remexe.
Tudo por dentro.
Da gente.
Mexe até paralisar!
Porque a gente - dentro -,
cansa de se ajeitar,
de agoniar, enlouquecer.
E aí a gente anestesia.
O amor.
Anestesiado, deixa a gente ver.
E admirar.
Um porta-retrato vazio.
E viajar.
Quem sabe até criar.
Uma fotopoesia.
Sobre o que possa
Nem ser o amor?!
(L.C., 21/01/2011)
Letícia Corrêa