Depois de ter lido tanta coisa esta semana
Acabei por descobrir porquê escrevo mal.
Porque escrevo quando me dá na gana
Meus poemas têm uma qualidade banal.
Apercebi-me que os poetas os que são bons
Começam a escrever e as palavras deslizam
Mas nem todos são assim, é preciso o dom
E as palavras colam, as rimas improvisam.
As palavras descem o rio da nascente à foz
Com facilidade, sempre sem escolhos
Como um cantor de ópera solta a sua voz
Como as lágrimas que se soltam dos olhos.
As minhas palavras são peixe, que muito luta
Que como o salmão nadam em contra corrente
Nado ao contrário dos bons poetas, não sou truta
Espero continuar a aprender a nadar, tenho em mente
A. da fonseca