De verde, olhar ...
Incógnta:
Raivosos... Crueis e frios.
Quem sabe ou saberá lê-los...(?)
Caminham pelas sombras da noite, sem afeto, sem saudades...
Rimando solidão e desgraça
Seus pensamentos ruminando,
Perdidos na cama da lama
Mornas calmas, desejariam ter.
Mas já não podem, nelas crerem...
Seguem... Seguem o destino que teceram nas caladas da infeliz gestação
...Assim parece que nasceram.
Têm pés cansados, sorrisos duvidosos...
Seu mundo é puro desabrigo,
Sua unica companheira não lhes beija as feridas ...
E delas escorrem suas vidas
Cães largados nos dicionários... Dimensão perdida.
Fomes vorazes lhes tingem as víceras e células que descamam em quase-morte.
Miseráveis bichos...
Envoltos na pobreza que lhes trouxe a sorte...(?)
Não olham para trás, nem para os lados,
Têm olhos vendados pra não mirarem seu infinito (fim)
São podres como um túmulos por dentro...
Nas suas estranhas, entranhas deslizam vermes ...
Que aguardam o banquete final.
Sobras de homens,
CÃES NA LAMA...
(Ednar Andrade)
(21*01*2011)