A calçada da rua onde tu moras
Está molhada pelas lágrimas
Caídas das nuvens das tuas ilusões.
Talvez lágrimas de arrependimento
Pois sabes bem como eu sou ciumento.
Creio que somos dois seres desencontrados
Dois amores desalinhavados
Como se fossem dois amores diferentes.
Esqueces-te os momentos esplendorosos
Em que nosso amor era Rei.
Rei de esperanças, Rei de emoções
Príncipe dos nossos lençóis
Que voavam em remoinho
Quando se uniam os nossos corações.
Nossos lábios em desalinho
Tais voltas e reviravoltas
Loucura do desejo de nossos corpos.
E tu, tudo esqueces-te.
Hoje choras e eu estou esperando
Que te lembres do mar de rosas
Que o nosso quarto enfeitavam
Que a fragrância do seu perfume
Os nossos corpos inundavam
Perfumando o meu ciume.
A. da fonseca