Eu e Leão
Era uma vez, o amor... morava
numa casa repleta de estrêlas e enfeitada de sol
Luz não havia na casa do amor,
afinal, a luz era o próprio amor.
E uma vez o amor queria uma casa mais linda para si.
Então fez a Terra, e na Terra fez a
carne, e na carne soprou a vida e
na vida imprimiu a imagem de sua semelhança.
E chamou a vida de homem.
E, dentro do peito do homem, o
amor construiu sua casa,
pequenina, mas palpitante,
inquieta e insatisfeita como o próprio amor.
E o amor foi morar no coração do homem.
E coube todinha lá dentro porque
o coração do homem foi feito do infinito.
Uma vez... o homem ficou com inveja do amor.
Queria para si a casa do amor, só para si.
Queria a felicidade do amor, como
se o amor pudesse viver só.
Então o amor foi-se embora do coração do homem.
O homem começou a encher seu
coração, encheu-o com todas as
riquezas da Terra e ainda ficou
vazio (ele sempre tinha fome).
E continuava com o coração vazio.
E uma vez... resolveu repartir seu
coração com as criaturas da Terra.
O amor soube... vestiu-se de carne
e veio também receber o coração do homem.
Mas o homem reconheceu o amor e o prgou numa cruz.
E continuou a derramar suor para ganhar a comida.
O amor teve uma idéia: vestiu-se
de comida, se disfarçou de pão e ficou quietinho...
Quando o homem ingeriu a
comida o amor voltou à sua casa, no coração do homem.
E o coração do homem se encheu DE PLENITUDE.
BARTON HABBAB WASSEF