Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Um dia o poeta, olhando para o firmamento
Muito longe avistou, a lua, tão meiga e serena
Por ela se apaixonou, por sua luz e encantamento
E ela tomou forma de mulher, sua doce Lua Morena
Mais para ele ela era inatingível, por ser jovem e bela
E o poeta, pobre coitado, velho, feio, parecendo fera
Com medo, dela se afastou, mais dela nunca esqueceu
E dentro de sua alma, ate hoje ela vive... não morreu
E o poeta fala em outros amores, no seu verso
Para enganar a si próprio, e ao céu não olha mais
Porem não adianta, esta lua brilha, no seu universo
Nos seus sonhos, em seu trilhar, ele não a esquece jamais
E assim ele vai vivendo, fingindo ser feliz, com outro alguém
Sem esperança de esta Lua, novamente vir um dia encontrar
Caminha cabisbaixo, triste, atormentado, olhando o além
Sabendo que esta Lua jamais, voltara para ele... a brilhar...