O vento é o rosto do tempo
Escorre incólume pelas raízes
Inexorável lento persistente
As feridas são o lamento
A alegria desliza da folha
Ávida esponja imberbe
Nos lábios indigentes
Como grita o vento
Nos olhos frios de neve
Luís Monteiro da Cunha
Maia, 2006-08-20
Luís Monteiro da Cunha