Eis a noite
escura e profunda
que desce à Terra,
véu longinquo,
austero, soturno...
Vem do entardecer
de cada dia,
da melancolia de cada hora,
da tristeza de cada instante,
do silêncio de cada voz.
Olhar gélido, duro, distante...
Ninguém!
Nada!
Que solidão!
Ninguém me vê,
ninguém me ouve,
ninguém me toca...
Estou só! Sem nada! Ausente!
Abraço-me e adormeço no meu
leito.
Boa noite solidão!
RICARDO LOURO
"quasi madrugada!"
Ricardo Maria Louro