Escrevo, em linhas retas, minha torta emoção,
Declino...
Como um raio que se perde no horizonte em fim das horas;
Flutuo... Divago.
Caio em meio ao verde do campo, desigual, incontida, alheia...
Como uma folha descuidada,
Deslizo... E...
Suave, bebo o sabor da ausência...
Há um vagar na solitude deste desencanto que leva ao (oposto...)
SEM DESALENTO.
Apenas , uma sutil presença , um devaneio que sofrejo...(...)
És-me como o brilho do Sol,
És-me como a noite em plena lua.
E... Eu ao luar,
Tua lua, nua...
Já é noite... Ou quase isso... Eu,
Vagueio e sonho...
COM BRANCAS RENDAS AO CHÃO.
Com estrelas: minhas e tuas soltas na escuridão...
...Reclamo,
...Declaro, declamo sussurro e chamo...
Minha paz em desatino e guerra,
Minha mórbida canção...
Tenho mãos cálidas e olhar disperso...
Minha carne geme,
Meus dedos inventam versos,
(HOJE NÃO HAVERÁ ESTRELAS...)
...E para sempre no universo: encanto e encantamento...
HAVERÁ
Distante estou do meu ser mais profundo,
Sou como a estrela cadente... (:),
Faças um pedido, e eu, adivinho o desejo estrelar...
Metáfora, lirismo, fantasia...
Vivo espaço na minha amplidão...
Fio de água, doce riacho, veio...
Sou como o sofrimento,
Sou o impróprio,
Sou o que não digo,
Sou o que rejeito, sou e apenas... Sou...
Sem ilusão, com sentimento em palma;
Busco.
Quem sabe, o doce descanso que virá... Ou, vira calma...
...E assim:
És-me tudo, és-me o nada.
Faz-mes maldita,
Faz-mes santa...
ANJO OU DEMÔNIO, SOLTA À LUZ DA LUA.
Luar...
Meu sorriso sonha...
Com um canto lírico, uma trova um verso,
Meu reverso...
Minha suprema magia,
Meu suplício e vida,
Calvário sem cruz... Encontro-me crucificada...
PERDIDA.
Largada, feito trovão; assombro... Relâmpago vazio...
Amplidão.
Clarão...
"Nua."
(Ednar Andrade)
(19*01*20011*)