Há! Quanta saudade existe em meu coração
Os meus olhos ardem o meu peito implora
Justamente agora que você se foi.
E agora?
Joguei fora retratos, rasguei poemas, deletei
Os maus tratos e suas indiferenças
Gritei lá do alto da colina como se fosse a
Última, coloquei pra fora toda ingratidão.
Esperei no tempo que a dor passasse.
Imbecil! Essa dor não passa,
Fornica o peito machuca a alma
Organiza a desordem alimenta os
Ratos da imaginação.
A saudade é perversa não se intimida
Avança todas as vezes que penso nela.
Chega!
Hoje vou rasgar o peito, sangrar meu coração
Arrancar de vez, essa dor que aniquila. Hoje vou tirar
Você da minha vida!
E amanhã... Há de ser outro dia
Decerto outros amores chegarão. Tolo!
Essa dor leva tempo para passar...
Maioria das vezes passa nunca!
Eu vou é fechar a porta do meu coração
Usar chave única, sem chance de
Cópia e jogá-la fora
Onde o Judas perdeu as botas.
Remédio para essa saudade não há!
A melhor saída é viver enclausurado
Coração definitivamente fechado. Hoje
Andarei pelas ruas da cidade sem o brilhar dos
Olhos, sem dor no coração. Tolo!