América, ano 2405, 11h a.m.
- Sinto-me confuso... - Exclama certo dia Olivier, conhecido mundialmente por ter sido o único, até então, a ter a coragem de se transportar através de galáxias e do tempo.
Filho de pai alemão e mãe francesa, loiro e de olhos azuis muito límpidos. A sua pele é dourada, o seu corpo esbelto e bem torneado demonstra bem os seus 19 anos.
- Porque é que só eu é que tenho que fazer coisas que os outros da minha idade não fazem? Com a minha idade só pensam em divertir-se, o que acho muito bem, mas porquê? - pergunta Olivier tristemente.
- Talvez porque te interessa mais o que fazes e não te preocupas com disparates! - responde-lhe Sarah, sua noiva e companheira inseparável. Sarah, americana de gema, alta, com um corpo moreno e perfeito e com olhos verdes. - E também talvez porque gostas de enfrentar o desconhecido! - exclama ela.
- Talvez!... talvez!... sempre o talvez... o que eu queria é que me dessem mais folgas para estar contigo e só contigo! - diz ele com ar triste e até um pouco romântico.
Esta conversa desenrola-se numa esplanada perto da Estátua da Liberdade e entretanto chega o empregado de mesa.
- Desejam alguma coisa?- pergunta o empregado.
- Eu quero um whisky com soda, e tu, Sarah?
- Quero uma coca-cola com gelo e limão. Já agora, tens dinheiro, não tens?
- Sim, por acaso até tenho, porque recebi ontem quinze mil dólares por ter conseguido chegar a Marte e contactar com os seus habitantes através da máquina do tempo via pensamento.
- Sim, já me tinhas falado disso, mas muito vagamente, acho isso uma estupidez pois podes ficar por aí a vaguear no espaço sem que ninguém te possa ajudar. - diz ela com cara de poucos amigos.
- Estou farto de te dizer que esse risco é meu e não tenho medo disso nem de nada, percebeste!? - exclama Olivier deveras irritado que até se levantou da cadeira com tanta rapidez que a derrubou. - Desculpa, sabes que me irrita quando falas assim, minha querida, sabes bem como te amo, mas porque me magoas, com essas palavras que me aborrecem, <br />sabes bem que adoro o que faço - diz mais calmo - A propósito, para a semana que vem vou a Plutão, queres vir comigo?
- Achas...- de repente aparece o empregado de mesa que corta as palavras de Sarah.
- Peço imensa desculpa, mas o senhor não é Olivier Louvre Vonspydirsheman?
- Sim, porquê?
- Porque está um senhor ao telefone que deseja falar consigo. - responde o empregado.
- Disse o nome?
- Sim, diz chamar-se Dr. Fleber, do Grupo de Ciências Espaciais de New York (S.S.N.Y.G.).
- Pode passar-me o telefone, por favor? Alô, Mike!
- És tu, Oli? - pergunta Michael Fleber, astrónomo e amigo de longa data de Olivier.
- Sim, o que se passa por aí, Mike?
- Nada, nada, é só para que cá venhas com a Sarah porque nasceram cá uns bichinhos que não sei se são cães se tigres. - diz em voz divertida.
- Ai, sim? Tu não me digas! - disse começando a rir-se.
- O que foi? - pergunta Sarah.
- Tens que ir salvar o Mike duns bichinhos que ele não sabe se são tigres se cães! - diz Olivier rindo-se em tom de gozo.
- Mas isso é uma parvoeira! - diz Sarah estupefacta - com certeza que ele tem que saber que são tigerdogs!
- Nem eu sabia disso! Mas vamos lá ver o que se passa no S.S.N.Y.G.. Apanhamos um avião ou vamos na nave-automóvel?
- Porque havemos de ir de avião se são só 500Km. E se formos de avião gastamos desnecessariamente dinheiro! É melhor irmos na tua nave-automóvel. Pagaram e dirigiram-se para a garagem onde estava uma nave-automóvel do modelo 96.
Dirigiram-se para o S.S.N.Y.G. e encontram à porta Mike Fleber.
- Oi, Mike!
- Olá Sarah!
- O que se passa afinal? - pergunta Sarah.
- Puseram uma fémea tigre e um cão juntos numa jaula em tempo de reprodução e nasceram uns bichinhos por causa desse engano e não sei o que hei-de fazer com eles já que afinal são perigosos desde que nascem.
- Primeiro, fizeste mal, porque eu já tinha feito essa experiência e segundo, os bichinhos, como tu dizes chamam-se tigerdogs! - disse Sarah indisposta.
- Mudando de conversa, o Richard está por aí? - pergunta Olivier.
- Acho que está a pesquisar a mánica, aliás, a Máquina do Tempo, a tua preciosidade! - diz Mike com sarcasmo.
- Queres vir, Sarah?
- Oh, com certeza, tens que levar a namoradinha! - diz Mike estupidamente.
- Deixa Olivier e a mim em paz, ouviste? - replica Sarah zangada.
- Bom, vamos lá então. Vens ou não? - pergunta Olivier.
- Vou, sim. Não quero aturar mais as parvoíces de Mike.
Entram os dois no edifício que é deveras imponente. No limiar deparam com uma sala de dimensões circulares grandiosas. O acesso para os andares superiores são cinco grandes escadarias - cada uma dá acesso a uma secção de estudos diferente: a primeira dá acesso à secção de Botânica e Zoologia; a segunda à de Vulcanologia; a terceira à secção de estudos sobre o espaço; a quarta a de Astronomia e Astrofísica e a quinta , a secção do Ambiente.
Na sala há vários painéis que mostravam os astros, desertos, o planeta Terra, os mares que haviam existido há um século atrás, há painéis até que mostram plantas esquisitíssimas. Enfim, a sala está cheia de painéis. Suspensas por vários candeeiros, estam lâmpadas muito claras mas com uma débil luminosidade.
Sobem a terceira escadaria e ao chegarem ao cimo encontram um corredor com várias portas. Chegam à porta do fundo (que é a maior de todas) e batem. A doce voz de Richard soa.
- Quem é?
- Sou eu, Richard! - responde Olivier.
- Ah! Entra! - responde-lhe Richard.
- Olá! Trago-te a minha namorada para que a conheças!
- Ah! Mas é encantadora! diz beijando-lhe a mão - chamo-me Richard Joe Andersen, e a menina é...?
- Sarah Richardson. É um grande prazer conhecê-lo finalmente.
- O prazer é todo meu - pigarreia Richard.
- Deixem-se de conversas e vamos ao trabalho.
- Pois bem, em vez de ires a Plutão para a semana que vem, como estava previsto, vais hoje às três horas da tarde a Vénus, que achas?
- Bestial, Joe... mas... gostaria de levar a Sarah comigo...
- Talvez, mas… também deseja ir, Sarah?
- Sim. Quero ver o que é que ele anda a fazer nas minhas costas.
- Mas é perigoso, menina!
- Desde que Oli vá comigo, não terei medo, pois ele me defenderá! Não é assim, amor?
- Claro, minha querida, claro. Mas... tu não estás preparada!
- Não é necessário estar preparada. - interveio Joe - mas sim não ter medo e ser inteligente.
- A minha especialidade é a Biologia, Botânica e a Zoologia! Será que consigo? O que fazer? - replicou Sarah assustada.
- Então não há problema, a sua especialidade está mais ou menos adequada e você não me parece uma mulher medrosa ou pouco inteligente. Ah, outro ponto crucial, tem de ser bastante perspicaz e determinada, posso confiar em si?
- Eu ponho as mãos no fogo por ela, é mais perspicaz que eu e é raro temer algo! - afiança Olivier.
- Para começar, quero que me trate por tu, pois vamos ser colegas, não vamos? - pergunta Sarah.
- Claro, fazes o favor de fazer o mesmo, o.k.?
- O.k.!
- Então agora vamos almoçar e dentro de uma hora estamos aqui.
- Está bem, até já!
Eram 2.45h p.m. quando chegaram. Encontram-se com Joe na sala em que estava a dita máquina a qual parecia um armário e tinha cinco secções na vertical.
- Prontos? - pergunta Joe.
- Sim! - Respondem em uníssono Olivier e Sarah.
- Cada um vai para um compartimento e descontraiam-se.
Entram e ficam lado a lado só separados por uma parede transparente. De repente sumiram!
Vénus é um planeta que só tinha à superfície pântanos e rochas. O ar é respirável, mas não há sinal de vida. Os únicos sinais de movimento são muitos comboios que passam. Ambos, nessa altura, vestem camisas e calças de camuflado e botas.
Repentinamente, como se não aparecesse de parte alguma, passa um comboio que ao passar os suga. Encontram-se dentro do comboio e com uma espécie de deserto que estava sem nada nem ninguém.
À sua frente estava um remoinho cercado por muitas serpentes-robots.
Só vêem tudo isto em questão de segundos, porque perdem ambos os sentidos, sem saberem porquê.
Quando acordaram, sob a terra Olivier estava acorrentado a uma parede, isto é, a uma rocha. E Sarah luxuosamente vestida e deitada num canapé brocado a ouro.
Sarah, olha espantada para Olivier, impedida de qualquer movimento e só pode falar.
- Porque estamos nós no subsolo ? Porque estou assim e deitada? Porque estás tu acorrentado? - pergunta Sarah assustada.
- Não sei, mas em breve saberemos.
Ainda ele não tinha acabado a frase, já apareciam umas vinte mulheres entre as quais uma se destacava por trazer um brasão ao pescoço. Loira, com os cabelos soltos até às ancas, uma espécie de lençol de seda rosa claro até aos pés, justo ao seu corpo esguio, delgado e bem delineado. Seus pés e mãos são de uma formosura sem par.
Todas as mulheres rodeiam Sarah, fazendo-lhe toda a espécie de perguntas. A única que se chegou perto de Olivier, foi a loira de olhos negros. Falando-lhe deste modo:
- Saguigiro sásá? - diz ela.
- Não percebo!?...- exclama Olivier.
- Oh, desculpe, pensei que fosse desta zona, mas afinal é estrangeiro!
- Claro que sou! Chamo-me Olivier Louvre Vonspydirsheman, tenho 19 anos, filho de mãe francesa e pai alemão, moro no planeta Terra, no Estados Unidos da América, em Boond Street nº12 em Chicago. E você?
- Quem faz perguntas aqui sou eu! Mas como vejo não pertence a Osmur, chamo-me Zelda III filha da xeika Zelda II. Contudo o meu verdadeiro nome é Zelda Kishan Kamur Osmur.
- O que é Osmur? O que é xeika? que nome tão esquisito!... Onde estou? Porque estou acorrentado? – pergunta Olivier aflito.
- Calma, uma de cada vez! 1º - Osmur é aquilo a que vocês terráqueos chamam Vénus. Qual era a 2ª ? Ah! Já sei, xeika é aquilo a que vocês chamam Raínha. O meu nome é esquisito porque continuo com o meu kisharasmar e enquanto não casar continuo a ser Kasmir! E portanto significa que todas aquelas raparigas são minhas irmãs e só três é que são minhas primas.
- O que é Kasmir?
- Significa o mesmo que princesa.
- Então não preciso de perguntar onde estou! Só quero saber é porque não vejo nenhum homem?
- Porque os xibans só existem nos rámires.
- O que significa rámires e xibans?
- Xibans - homens; rámires são haréns.
- Haréns!? Mas os haréns são ao contrário!... Onde já se viu uma mulher ter uns vinte ou trinta maridos?
- Harém não é bem isso. Harém é o seguinte: as mulheres só têm três maridos mas podem escolher os lovers (amantes), como vocês americanos dizem, que quiserem.
- Mas como sabe a minha língua?
- Simples, bastou-me captar o som para a minha katur dizer que língua é. Já sei, katur é o cérebro.
- Porque estou assim acorrentado?
- Porque é o meu único exemplar masculino e porque somos meio parecidos!
- Porque diz isso com um misto de curiosidade, medo e espanto?
- Porque não existem xibans loiros em Osmur! e também acontece o mesmo com os seus olhos e com os daquela moça. A propósito, quem é ela? sua dona?
- Não! claro que não. É minha namorada, chama-se Sarah Richardson e tem 17 anos.
- O que é isso de namorada?
- É, quer dizer, existe na Terra uma coisa chamada amor, que é algo que uma pessoa sente por outra e as une fortemente, apaixonando-se, namorando e, se derem bem e resolverem que ainda se sentem felizes um com o outro, por vezes resolvem casar. Percebeu, Zelda?
- Mais ou menos, vou mandar que o soltem. - diz Zelda rancorosa. - Chachasá!
E logo todas as mulheres que rodeavam Sarah, correram para Olivier como aves de rapina correndo para a vítima. Finalmente solto, Olivier vislumbra uma porta que até então não tinha visto, por não estar ao alcance da sua vista, quando amarrado. Disfarçadamente chega-se ao pé Sarah quando todas saem.
- Sarah - sussurra ao seu ouvido - temos que fugir deste antro de doidas! Dá-me a mão. - e desatam a correr porta fora. Correm por túneis cujo chão estava cheio de lama, mas tendo uma espécie de juncos entrançados para facilitar a passagem. Como Sarah estava descalça e como não sabia que a dita lama era uma espécie de magma, põe o pé mal e escorrega ficando com graves queimaduras no pé e começa a chorar. Então Olivier pega nela e ao pegar nela, elevam-se os dois e a rocha abre-se num remoinho de areia cheio de serpentes-robots. Olivier diz a Sarah que não demonstre medo e ambos conseguem sair do local. Olivier lembra-se então que basta que ele e Sarah se juntem e pensem ambos no mesmo, para que a Terra lhes envie tudo o que precisem. Então diz a Sarah que pense em pistolas-metrelhadoras, numa nave-automóvel, mantimentos, ligaduras para o pé de Sarah e o tratamento necessário, mochilas com roupa e mantas, sacos para amostras, facas; material de detecção radioactiva e uma câmara de filmar.(note-se que cada hora que se passava na Terra, era um dia em Vénus).
Imediatamente têm tudo o que necessitam e metem tudo na nave-automóvel. Dentro da nave, Olivier trata do pé de Sarah e mudam de roupa. Então arrancam e vagueiam pelo planeta filmando e retirando amostras e verificando se alguma coisa tinha radioactividade. Tanto andaram que a dado momento na superfície de Vénus descobriram dois homens a acenar-lhes. Olivier pousa a nave e os dois homens entram e mal entram, a escotilha rapidamente atrás deles se fecha. O primeiro é ruivo com uma grande barba e com porte hercúleo, um homem já com trinta anos. O outro é baixinho e parece ser chinês. Mais tarde vêm a saber que um era russo e o outro era japonês.
- Por favor, tirem-nos desta terra maldita!- dizia o primeiro aflitíssimo e em seguida dizendo-lhes que se chamava Boris Vladmiroscove e que a sua nave espacial e do seu amigo se tinha despenhado e ali caído. Vinham de Marte e de regresso à Terra à cerca de 15 anos. Então o baixinho diz:
- Shim,shim! - diz apoiando as palavras do amigo. com um leve sotaque.- Eu sele Shin Shau e ele tem toda a razão. Eu não aguentale mais isto. por favole, ajudem-nos.
- Querem voltar imediatamente para a Terra?
- Sim! - diz Boris.
- Sim - exclama Shin Shau.
- Então, Sarah vamos comunicar? Pensa que estes dois senhores querem ir para a Terra e que nós em breve regressaremos.- rapidamente são informados de que Olivier pode carregar no botão para que o russo e o japonês fossem para a Terra.
- Antes de se irem embora, queria fazer uma pergunta, porque é que um chinês e um russo pararam aqui? - pergunta Olivier curioso.
- Eu não sele chinês, eu sele japonês - replica logo.
- Desculpe!
- Ficámos sem combustível e a nave de propulsão não pegou até que caiu.
- Mas então, com uma viagem tão longa, não trazem combustível que chegue para a viagem toda? Isso é uma loucura!
- Pois é, mas não foi culpa nossa. A nave começou a perder combustivel do depósito e o nosso mecânico tinha adoecido de tal forma que acabou por falecer sem que nada podessemos fazer e não tinhamos quem nos arranjasse a fuga de combustível. – responde o russo.
- Lamento saber disso. Bem, então até à vista! - instantaneamente o russo e o japonês desaparecem depois de lhes ter sido recomendado para que pensem na Terra.
- Finalmente sós! - diz Sarah satisfeita. Nessa altura sobrevoam sobre um deserto abrasador. de repente...
- Estamos a ser perseguidos por cavalos-robots - exclama Olivier que tinha visto pelo espelho retrovisor. Sarah deu uma olhadela e...
- Estão a atirar sobre nós, disparo com a pistola-metrelhadora ou com o raio laser?
- Laser! - responde. E Sarah começa a disparar e os primeiros cavaleiros começam a cair. Por fim já estavam todos no chão mas repentinamente a escotilha abre-se e aparece uma amazona a apontar uma arma mais parecida com um garfo a Sarah. Sarah, como que hipnotizada, deita fora o laser e dirige-se para a mulher. Antes que Olivier percebesse o que se passava já ambas tinham desaparecido. Então, depois de ter sobrevoado a área um pouco, reduz tudo, inclusive a nave de maneira a que tudo coubesse dentro do seu bolso e caminhou lentamente, triste através do deserto até que se depara com um remoinho com serpentes-robots e mete-se no meio, depois como se tivesse levado um choque recua, mas de novo avança, para tornar a recuar. Isto dura uns dez minutos até se decidir. Entra então pelo remoinho dentro. Mas pouca sorte: só tem tempo de ver Sarah numa mesa de esplanada com três morenas, uma das quais com um brasão diferente do de Zelda mas também muito estranho (o de Zelda tinha monstros) é uma espécie de serpente sobre uma flor.
Repentinamente como que de todos os lados foi alvejado e cai redondo no chão. Uma das morenas pede o seguinte a outra que estava ao lado:
- Kafir, tira-lhe as balas atorduadoras por favor, faz isso por Sarah pois ela ajudou-nos e ensinou-nos muitas coisas. É certo que Osmur é mais avançada que a Terra, mas a Terra tem algo que cá nunca houve como o amor, a paixão, a paz, a amizade e para que nós sejamos felizes teremos que tentar o que nunca tentámos até hoje.
Sarah interveio:
- Salve-o e nós os dois faremos tudo para a ajudar.
- Não, não é necessário. Zocaren!(médicos) tirem-lhe as balas e devolvam-lhe a vida! - disse a moça e continuando - reconheço o que a minha irmã disse. Assim que ele esteja bom, voltam para o vosso mundo, e quando a tal máquina puder transportar de Osmur para a Terra, prometo que vos visitarei, está bem?
- Claro!
Dois dias depois (tempo de Vénus) Olivier já está restabelecido e enquanto esteve inconsciente deram-lhe informações mais precisas acerca de Vénus. Por exemplo Vénus fora em tempos parecida com a Terra (aspecto físico) mas por qualquer erro de cálculo naquele tempo, aproximaram-se demais do Sol e Vénus começou a desertificar pois todas as espécies de origem animal e vegetal morreram com o excessivo calor. Contudo e por sorte, é que todas as casas estavam a um nível abaixo do solo e debaixo das casas haviam refúgios em todas as cidades devido a ataques piratas e então a população prevenira-se contra os ataques o que acabou por ser fulcral para a sua sobrevivência. Só alguns cientistas arriscaram ficar à superfície e claro está, morreram. Nessa altura estavam a descobrir o que era o amor, mas, então os homens desconfiavam das mulheres e vice-versa, no entanto as mulheres eram em menor quantidade mas bastante mais inteligentes que os homens.
A pouco e pouco, as mulheres foram usando as suas qualidades de comando e foram subjugando os homens ao ponto de quase se tornarem escravos delas salvo raras excepções (os tais maridos) e mesmo assim, tinham sempre de prestar contas de tudo o que faziam às esposas. Eram tempos difíceis para eles pois homens e mulheres e mesmo clãs diferentes não se conseguiam entender de forma nenhuma por isso estavam sempre em guerra uns com os outros.
Finalmente despediram-se e preparavam-se para partir quando uma menina morena com cerca de 12 anos, chega perto de Sarah e lhe dá um brasão mais pequeno mas igual ao da princesa e segredou-lhe:
- Parta-o já ao meio e dê metade ao rapaz para os dois terem sorte!
Chegam então à Terra sãos e salvos e mal chegam ao pequeno armário saúdam alegremente Joe, que tenta falar com eles mas estão demasiado cansados para dizer e contar seja o que for. Descem as escadarias e chegam à porta quando Mike vai a entrar, mas mal o vêem e passam por ele distraidamente.
Vão a um hotel onde pedem um quarto de casal e mal chegam ao quarto, Sarah diz a Olivier:
- Será que tudo não passou de um pesadelo?
- Não sei. Mas quero dizer-te uma coisa - hesita.
- Diz!! - incita Sarah pronta a ouvi-lo.
- Eeeh!.. Amo-te loucamente e quero que cases comigo! - desabafa Olivier encorajado.
- Proposta aceite! - beijam-se ternamente.
No dia seguinte, procuram cada um a sua metade do brasão mas não as encontram.
- Será que não passou tudo de um pesadelo? - pergunta Sarah novamente.
- Talvez, talvez...
No fundo tinham um pressentimento de que alguma coisa teria que ser real!...
MISTURAR O SONHO COM A IMAGINAÇÃO...
...MAS NÃO SERÃO OS DOIS O MESMO?...
FIM
Patrícia de Portugal