Sou eu, aquela que passa sobre os teus dedos,
Rodopiando e baloiçando a cada novo segundo,
Daqueles momentos que crescem...
Daqueles momentos que morrem.
Segue em frente sobre a nossa trilha,
Desperta-te, grita e crê!
Nós já fomos juntos felizes,
Nós já fomos juntos e audazes...
Abre levemente as tuas mãos e segue o horizonte,
Onde está o nosso limite, minha deusa,
Onde está a nossa paixão?
São ventos tortuosos, perfurantes...
Deixa-te encadear por eles, deixa-te ir!
Inspira profundamente o traço das horas,
Suspira e repele o que resta de ti.
Deixa que sejas o nada dos novos dias,
Estes nossos, estes meus...
Perde-te sobre o vento que passa sobre o teu corpo,
Deixa que o teu olhar se feche ao presente e vê!
Ouvirás a minha voz baixinho,
Conseguirás sentir-me sobre cada célula da tua pele...
Sentirás aquilo que nada somos,
E aí te tornarás...
Aquela sombra que todos dizem...
Aquela sombra que sempre és.
Simplesmente deixa-o...
Segue os meus passos sobre o vento,
E sê-lo!