Sonetos : 

«« Tu e eu ««

 
Sei-te parte de mim, do meu sentir
Do meu olhar, mesmo de olhos fechados
Em madorna, ou então amedrontados
Pelo incerto, de que não me saibas ouvir

Sei-te parte de mim num tempo advir
Por onde os nossos passos livres, cruzados
Nos levam mesmo quando estão parados
E nos impelem a subir, o mais além que possa ir

O nosso crer, sei que algo pode acontecer
O dia pode emudecer, a noite adormecer
Até os rios pedem secar, e os peixes fugirem

No mar alto voltarem a morar, eu sei
Que és parte de mim, sei assim que te olhei
Que tu e eu somos vontades a afluírem

Antónia RuivoOpen in new window

http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/p/um-filho-que-nasce.html
http://escritatrocada.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
1014
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
QuimRaminhos
Publicado: 31/01/2011 19:51  Atualizado: 31/01/2011 19:51
Novo Membro
Usuário desde: 23/08/2010
Localidade: Caldas da Rainha
Mensagens: 4
 Re: «« Tu e eu ««
Bonito, este soneto, cara Antónia. Bem escrito e bastante emotivo.
Um abraço especial para esse canto do Alentejo que me é particularmente querido, pois aí perto (Vendas Novas) nasceu o meu saudoso Pai.