Dueto (Ricardo Neves e Patrícia Ximenes)
Nesse tempo em que os amantes por vezes se tornam errantes
E nem se apercebem que o amor causa dor,
Dissabor língua morta para o amor desaparecer,
É um abre e fechas-me as portas do coração,
Fecha os sentidos e eles só contam com cada um,
Dos seus umbigos.
Que embora pequeninos se tornam enormes!
Castelos e muralhas onde a cruel mas necessária realidade,
Não passa e assistem a sua própria desgraça e o mundo não,
É um eterno compasso de espera ela desespera e ele a espera,
Num sonho mais bonito ele só vê a beleza,
Ela só o vê no seu elevar como será quando,
Ela pousar os pés na realidade?
Nesse tempo em que os amantes por vezes se tornam errantes!
(Ricardo Neves)
E sendo errantes tornam-se plenos;
Cheios de ternuras bobas perante a realidade
Exalando felicidade aos olhos em sua volta
Preocupação mínima quando o sonho acabar
Esse sonho de viver amor infinito
Cujo momento também é infindo
Já que o amor fá-los bobos,
Egocêntrico de um querer.
Num desejo ímpeto de buscar sempre mais!
As muralhas permanecem rígidas, triunfantes
Feito mágica a proteger do gosto amargo da dor
Uma dor de amor que no início não se percebe
Apenas se sabe e se reconhece
Quando no peito não há mais clamor
E nenhuma súplica por amor!
Nesse tempo em que todos os amantes são bravos errantes!
(Patrícia Ximenes)
"São nos pequenos gestos e atitudes do nosso dia-a-dia que devemos proporcionar o mínimo de alegria e compreensão a todos que nos cercam…”
(Fernando Waki)