Se olhares bem
Verás que rasgas a pele
Antes de chegar à janela
E olhas pela vidraça
Uma rua sem ninguém
E que depois de olhar
A rua ri primeiro
Que a tua face
O teu esgar
E que te turva a vista
Que não há rasgos
Nem cidade
Nem idade
Nem caminhos a meio
Nem saudades de casa
Nem telhados
Nem pássaros
Nem golpes de asa