Onde chegam os braços do mar?
Onde pousam seus dedos, ao anoitecer?
Seu calor se perde sem queixume ao luar
Seus raios esmorecem, sem morrer
Pois noutro dia voltam a nascer
Pois em teus braços, querem se entregar
Aí onde os lírios vão florescer
Aí onde teus olhos vão descansar
Nesse doce leito que é o teu mar
Nesse horizonte onde findam os dias
Onde desaguam as ondas do teu olhar
E se abraçam as noites a longos dias
Onde naufragam fortes lembranças
Fazendo renascer, de novo esperanças
J. Antero Oliveira