Estou aqui fechado,
entre quatro paredes,
como se de uma solitária se tratasse,
posso sair mas não quero,
posso me libertar mas não desejo,
estou preso,
sinto me enjaulado,
estou agarrado ao que não se liberta,
estou angustiado,
apavorado,
sem saber para onde ir,
sem saber que destino é o meu,
e continuo preso,
ninguém me liberta,
esta dor que me possuiu,
que tomou conta do meu coração,
e que não me deixa seguir,
não me deixa partir,
não vejo o sol,
apenas oiço a chuva e o vento,
o vento sopra,
querendo levar tudo,
e a chuva…
a chuva parece as minhas lágrimas,
derramadas todos os dias,
sem um fim destinado,
apenas saindo dos meus olhos,
sem nunca parar…
seguindo e deslizando pelo o meu rosto,
à espera de uma libertação,
que jamais acontecerá…