Sonetos : 

Linha débil e contradições

 
Perco-me tanta vez de mim e por mim
Elevo ao supremo uma linha débil
Que tem presa na ponta pedaços de marfim
Que exalam brancura por entre olhar fértil

Que vagueia de noite por ermos sem fim
Levando a reboque uma tortura ignóbil
Ao tentar dizer, não magiques assim
Sentires não passam de supremo móbil

Perco-me tanta vez, e sempre me encontro
Num andar apressado que me leva, e pronto
A um qualquer campo de terra batida

Afago essa terra como se fosse seiva
O olhar se envolve de forma expressiva
Ao voltar para trás, sei que sigo a vida.

Antónia RuivoOpen in new window
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Índio
Publicado: 13/01/2011 11:03  Atualizado: 13/01/2011 11:03
Da casa!
Usuário desde: 23/12/2010
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Mensagens: 493
 Re: Linha débil e contradições
Muito bem Antónia!
A linha da vida rebuscada em palavras de sabedoria.
Parabéns pelo poema.


Beijos


Joni