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POEMA PARA UMA TIA MINHA

 
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Era uma vez uma senhora
Que muito avançou na idade
Penteava-se com uma vassoura
Era a mais velha da cidade.

Com o tempo ficou sem rosto
Cabeça de grossa tartaruga
Coitada tinha tanto de desgosto
Sem rosto, não era que uma ruga.

Então, como era da classe média
Pensou fazer um rosto em plástico
E para evitar uma grande tragédia
Fizeram-lhe um rosto todo elástico.

Hoje já se julga uma velha beldade
Até a língua continua bem tratada
Mas diz pouco de toda a verdade
Pois que falando fica toda babada.

Pois minha tia, tu que eras tão linda,
Querias voltar a ser novinha em folha
Podes crer que as rugas voltam ainda
A língua não pára, não seca, mas molha.

A. da fonseca




SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
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http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
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Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 13/01/2011 13:18  Atualizado: 13/01/2011 13:18
Usuário desde: 07/08/2009
Localidade: Brasil
Mensagens: 16148
 Re: POEMA PARA UMA TIA MINHA
Acho que já vi essa tia passeando por aqui. Retrato fiel e digno de um exímio pintor. Por acaso ela não teria uma irmã e um cãozinho que ladra babando? Um forte abraço, Alberto. Parabéns pela tia.