Encerras na poesia o teu dom,
Com fidalguia ela é teu verdor.
São rosas no teu canteiro de cor;
E nunca, nenhuma delas murchou.
Foste semente do bem e do mal;
E transcendente foste muito além,
Irreverente, afastaste o desdém;
Num mar de versos, fizeste um caudal.
Viçosas, vestiram lindas donzelas.
Passearam nas ruas e vielas…
Sorriram em sonetos sem vintém;
Desfeitos em ventos nas janelas,
Sopravam feito versos p’ra elas,
Cativos do amor, que a poesia tem!
Cecília Rodrigues