Sonetos : 

VALSA

 
Bem sei do sol e da poesia escarlate,
Como vestido novo em dia de festa.
Bem sei da alma o bailado que resta...
E acordar de bem com os sonhos sem disfarce!

E dançar à luz do céu que nos encobre...
Ah, como uma valsa vienense!
Ter o corpo solto em linho florence
Ter a alma tão brilhante como cobre!

Assim, o poeta dança os seus enredos
Fingindo-se maestro em fina música
E assim vai se rompendo, se rompendo!

E assim vai vivendo, vai vivendo!
Tantas ilusões, como danças únicas
Quiçá na poesia escrever sem medo!


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/01/2011 17:32  Atualizado: 12/01/2011 17:32
 Re: VALSA
Muito belo e verdadeiro o seu poema! Identifiquei-me com a mensagem e recebo a exclamação final como uma questão retórica.
Bjs.
Célia Gil


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/01/2011 21:29  Atualizado: 12/01/2011 21:29
 Re: VALSA
Nuria, o poeta precisa das ilusoes como a madrugada precisa do sol! Lindo soneto. Beijos!


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 12/01/2011 22:03  Atualizado: 12/01/2011 22:03
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 Re: VALSA
Bela valsa de alma. bjs e obrigada