tenho meu mundo já por mim parado
todo o meu grande universo desta vida arrumado
numa pequenissima mala de papelão..
da minha vida só levo tuas poucas fotografias
não por ciume,mas por algo mais que a simples recordação do teu inebriante perfume
mas sim como uma eterna e opurtuna recordação..
mas procuro em meu quarto e não encontro
o meu bilhete, visto eu me encontrar já mais que pronto para esta amaldiçoada viagem..
percorro todo o meu mundo
em busca daquilo que para mim já se tornou mais que visivel e profundo do que uma simples miragem..
a razão de eu agora partir, visto encontrar me eu do meu louco mundo sempre a fugir
com minha mala desfeita por minha propria mão..
minha mala feita de papelão, feita á pressa e sem nenhuma razão,talvez ela nem sequer tenha fundo,porque vi a cair me tudo que eu possuia ao chão..
caiu, mas decido eu que não os apanho, os enormes pedaços da minha vida,tão grandes, que mais parecem um enorme rebanho,e para trás os deixo eu também ficar nesta maldita estação..
são grandes e escuros, tão grandes que á volta deles se edificaram altos muros, para no silencio os poder aprisionar,bem longe do meu enfermo coração..
e mesmo sentindo o comboio da vida a chegar
mesmo assim me sinto também eu preso e sem nenhumas emoções,junto com a minha vida todas as tuas possiveis e vagas recordações, e vejo me a mim detido nesta linha do tempo..
neste momento, sinto me já velho e ultrapassado
já sem coragem para reagir talvez mais um bocado,talvez um pouco de mais fragilizado por aquilo a que tu me ensinastes ao longo de minha vida,nada mais,nada menos,que consegues morrer sem ter uma unica ferida,morrer apenas de sofrimento..
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