Que loucura, que vagar
Que destino, que viver
Avanço sempre devagar
Termino a esmorecer
Vejo o absoluto da vida
Num cais abandonado
Anseio a minha partida
Irei cedo e sossegado
Coração porque guardas esperanças?
Que te chamem, algum dia?
À loucura sempre balanças
À tristeza resistes com alegria
Coração não te entendo
Essa trágica dinâmica
Sei tudo o que vou fazendo
Não me ajuda, só prejudica
Vou soltar o meu perfume
Numa ilha, onde te espero
Dormirei envolto num lume
Pois sei que lá não desespero
Levo a vida com desagrado
Por não tudo o que desejo
É o meu triste fado
Fado da Morte que Antevejo
Pedro Carregal