Poemas : 

Fado da Morte que Antevejo

 
Que loucura, que vagar
Que destino, que viver
Avanço sempre devagar
Termino a esmorecer

Vejo o absoluto da vida
Num cais abandonado
Anseio a minha partida
Irei cedo e sossegado

Coração porque guardas esperanças?
Que te chamem, algum dia?
À loucura sempre balanças
À tristeza resistes com alegria

Coração não te entendo
Essa trágica dinâmica
Sei tudo o que vou fazendo
Não me ajuda, só prejudica

Vou soltar o meu perfume
Numa ilha, onde te espero
Dormirei envolto num lume
Pois sei que lá não desespero

Levo a vida com desagrado
Por não tudo o que desejo
É o meu triste fado
Fado da Morte que Antevejo


Pedro Carregal

 
Autor
PedritoDomus
 
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