Sem rumo sem norte sem sorte
Vacilo no perpétuo momento da escuridão
Sem sangue sem medo sem dor
Por mais que me corte
Por mais que me pergunto aos céus
A resposta é sempre a mesma
Eu
Como posso
Quebrar partir sair
Deste rumo circular
Em que me encontro
Profundamente triste
Envolvido por meios de lástimas
E soluços de sem coração sentimento ou alma
Como é possível não sentir nada
O ABSOLUTAMENTE NADA!
Alguém que me roubo o coração
Ele deve estar
Avariado quebrado destroçado
Estou tão farto desta eterna luz negra
Que me aprisiona
Que me imola
Que me faz chorar
Já tenho inveja do chorão à beira do ribeiro
Ao menos esse
CHORA!
Daqui nem água de sal nem suspiro nem sentido
Se consegue manifestar
Terei gelo?
Terei pedra?
Terei vazio?
Terei esquecimento?
Terei o nada?
Naquele lugar que supostamente
Deveria haver
Calor alegria paixão sentimentos???
Não descubro
Não o sentido
Alguém que me abra uma janela
Pois eu não sei da chave da entrada...
P de BATISTA